sábado, 17 de novembro de 2018

ESTUDO DA CARTA AOS ROMANOS

AULA II
            18 de Novembro de 2018.


 ESBOÇO DA AULA

  
.        A Morte - A ira de Deus (1.18 - 3.20).

Vida após a morte na lei: O Torá não falava sobre o que seria alcançado pelo homem após a morte. A crença geral estava pautada na escrita de Gn. 3.19 (ao pó voltarás). Nenhum profeta durante a lei trouxe entendimento nesta realidade oculta até então, tornando-se especulação qualquer outra aplicação teológica sobre o tema. Nos textos de Jó, Salmos, Eclesiastes, Isaías e Ezequiel a compreensão não é tão clara pelo uso poético da escrita, bem como a complexidade da palavra Seol, por ser etimologicamente incerta. Em Hb 2.15, fica evidente a preocupação e medo da obscuridade na lei sobre o futuro após a morte.
Justificação na lei: A partir da visão temporal, os efeitos da justificação na lei, se pautavam no ato de fazer coisas boas, ou seja, “obras”. Tal entendimento se obteve através da miscigenação dos povos, quando os mesmos se encontravam em cativeiro, introduzindo no povo judeu ideologias diversas, como por exemplo: crença na reencarnação.
A idolatria em Roma: Reconheciam Deus como um ser celestial, mas se recusavam a honrá-lo ou serem agradecidos a Ele. Praticavam adorações e devoções a ídolos feitos por mãos de homens e que se alto exaltavam. O homem passou a ser adorado, ou seja, a criatura criou seus falsos deuses, anulando a figura de Deus.
A HomossexualidadeSaindo da naturalidade sexual, (Homem e Mulher) o homem passou a colher a consequência e a degradação do corpo através de práticas sexuais não normais, levaria a dominação da concupiscência gerando a desintegração daquilo que antes se entendia como “natural” deixando o homem aos domínios da escravidão do pecado alcançando a morte eterna.
         Atitudes que levariam a morte: Os judeus não são melhores que os gentios. Ambos são culpados devido à prática do pecado. Não existindo classes de pessoas que poderiam ser beneficiadas, mas que todos os homens, precisavam obter um novo entendimento de vida eterna a partir da morte de Cristo na cruz. As citações no A.T mostram as atitudes que geraram a culpa humana, deixando claro que nenhum homem pode estabelecer uma relação correta com Deus a partir do cumprimento exigida na Lei de Moisés, por ser impossível de ser cumprida em sua plenitude. Sendo assim, nossas atitudes estavam nos levando para a morte eterna.
Justificação pela fé: Com um entendimento e reconhecimento de que Cristo é o filho de Deus, e assim em temor aceitar que Ele é onipotente, justo, puro e santo, o homem deve assim, compreender que mesmo sem ter presenciado a morte de Jesus na cruz, tudo isto foi real. Alcançando assim pela fé (não vendo, mas esperando) que agora a morte física não seria mais o último estágio do homem, mas o início da vida eterna. Uma nova aliança se formou dando vida ao homem, e vida eterna.

2.    Fé - Graça divina. (3.21-4.25) - PARTE I


Cruz, sangue e graça: A raça humana que outrora estava destinada ao pecado, passa a desfrutar das promessas na qual a morte de Cristo na cruz produziu para todo homem. As condições eram simples, acreditar que Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia, nos concedendo assim a vida eterna. Um novo elemento chamado graça, nos dava esta condição de forma gratuita. Sendo assim a morte física passaria a ter um novo entendimento, salvação.
Para todos os povos: As promessas e maldições relatadas em Dt. 28 estavam de forma direta destinada aos judeus, agora a nova aliança de salvação, estava acessível a todo aquele que acreditasse que Jesus era o filho de Deus e que morreu por nossos pecados. A morte de Cristo na cruz trouxe pela fé, uma possibilidade nunca imaginada pelos profetas, mas verdadeiramente proclamada por Jesus, o filho de Deus, a salvação e vida eterna.alcançada pela fé, independente da sua linhagem ou da circuncisão. 



MATERIAL DE AUXÍLIO

Capítulo II

O Impacto do Evangelho e nossa relação com Deus.

A MORTE
Um dos temas mais complexos da vida humana está em como tudo acabará... Para os judeus já era complexo falar neste assunto, uma vez que, o entendimento judaico pelo Torá não deixava claro o seu futuro no pós-morte.
Um entendimento evasivo e superficial era feito a respeito deste tema, pois o norte principal estava na escrita de Gn. 3.19, que ensinava de do pó o homem era formado e assim para o pó ele voltaria.
A verdade clara e óbvia era que a morte chega como uma intrusa, inesperada sem ser convidada e com qual não se pode barganhar. E quando um homem vê que ela se aproxima, o pânico brota.
No N.T na escrita de Hb. 2.15, fica evidente que a morte no A.T não gerava perspectiva alguma aos judeus, e muito menos aos gentios, onde crenças de reencarnação eram às vezes aceitas por eles, pois a sua base de religiosa era omissa quanto ao esclarecimento do tema.
Este tema estava na rota das cartas para a igreja em Roma, modificando assim a crença do que aconteceria com o homem após a morte, dando assim uma perspectiva de algo novo que só por fé se acreditaria.

1.   Morte - A ira de Deus. (Rm. 1.18 – 3.20).

Porque do Céu se manifesta a “ira de Deus” contra toda a idolatria e a depravação dos gentios. Assim continua a escrita de Paulo para os romanos no (1.18) onde a santidade de Deus e a realidade humana que de forma deliberada desobedecem às regras morais da sociedade, se tornando a cada dia mais distante de Deus vivendo o fruto de sua própria imaginação (1.25). Passam a suprimir a verdade natural revelada por Deus, por qualquer outra situação no qual seu estilo de vida e o egoísmo se tornem fornido.
Deus podia ter mantido os seres humanos na ignorância a seu respeito, mas, escolhe através do evangelho de Cristo se manifestar em graça a toda terra (1.19,20).
Mas esta nova condição precisava partir do homem agora, pois se as pessoas continuassem a suprimir a verdade de Deus a fim de viverem do seu próprio modo (na desobediência do pecado), se tornariam por si mesmas inescusáveis, onde suas escolhas teriam consequências irrevogáveis.
A missão de Paulo era de mostrar que a natureza de Deus era de força, inteligência, ordem, beleza e poder; um Deus que controla forças poderosas já outrora reveladas através da criação At. 14.17, no qual jamais se curvaria aos caprichos do mundo em sua continua rejeição, mas que a justiça de Deus alcançaria a humanidade.
Paulo continua sua carta explicando o juízo de Deus (2.2) ensinando que o julgamento do homem é baseado no preconceito e na percepção parcial; mas o julgamento de Deus se baseava na verdade, onde as nossas ações nos levaria a sermos punidos se assim continuássemos em reproduzir o pecado.
Embora apresentar uma escrita dura, Paulo apresenta um Deus longânimo e benigno, pronto para perdoar o homem a partir de um arrependimento genuíno e continuo II Pe. 2.4, assim Paulo os lembra de que a benignidade de Deus tem também a intenção de gerar arrependimento, pois todos precisam do arrependimento.
Toda via, Paulo deixa um entendimento claro que Deus não faz acepção de pessoas, não existindo favoritismo aos judeus ou gentios no que se refere ao julgamento do pecado, não existindo um valor mínimo ou máximo, mas um abismo moral a todos os pecadores e Deus, no qual ninguém poderia saltar. Assim apenas o evangelho de Cristo poderia fornecer um caminho, construindo uma ponte de reconciliação e perdão para alcançar o outro lado, onde o favoritismo não existia, mas apenas a graça, que estava acessível a todos de forma igualitária (2.11), onde a lei outrora seguida pelos judeus estava sendo vivida de tal forma que o saber o que Deus quer e distinguir o certo e o errado que deveria ser o verdadeiro entendimento dos judeus instruídos na lei, já não eram por eles praticados, pois o princípio de olhar para si mesmo era deixado de ser praticado, pois muitos judeus tinham alcançado um orgulho pessoal do saber.
Os judeus viviam nesta época de aparência, onde os mandamentos e rituais haviam se perdido na sua observância real, passando a ser praticada em parte, ato no qual não se tornava satisfatório. Esta situação ainda se agravava pelo fato dos judeus se acharem serem os “escolhidos” e por possuírem a lei de Deus, fazendo com que Paulo se posicionasse contra ideologias que buscavam, não apenas, a exclusividade da salvação, mas também com o descredito do evangelho de Cristo (2.24).
Outra simbologia a ser quebrada por Paulo era o ato da circuncisão, na qual era fundamental para os judeus (2.25) instituída na aliança aos descendentes de Abraão, era a expressão máxima da identidade de Israel. Mas Paulo faz uma observância, que a circuncisão só era aceita ou se tornaria apta, se a pessoa guardasse toda a lei de Deus Gl. 5.3, indagando-os e dizendo que ser circuncidado e mesmo assim desobedecer à lei de Deus não fazia do judeu melhor que um gentil não circuncidado. Pois a busca do evangelho de Cristo estava pautada em um coração puro e obediente. A circuncisão que Deus queria não era somente o corte da carne, e o cortar a carne não se cumpria a lei, mas um verdadeiro judeu deveria amar a Deus e obedecer a sua lei, não preocupado com a herança abraâmica, mas que oferecesse uma vida como sacrifício agradável a Ele.
Se um judeu assim entendesse e escolhesse viver nestes moldes, cumpriria os requisitos da lei, e não mais criaria uma liturgia de adaptar a lei para si.
Paulo continua apresentado de forma crítica, olhando para si mesmo, por ser judeu, e afirmou claramente que o verdadeiro “judaísmo” não está sustentada na herança, mas deveria está relacionada ao relacionamento homem e Deus, e que a circuncisão não é no corpo, mas no coração (3.1).
Cedo ou tarde, a justiça de Deus virá e assim cada um receberá a recompensa de sua obra e atos. Ele tem o direito de julgar o mundo, pois Ele é Deus, é santo e justo. Ninguém se encontrará como exceção às leis de Deus, isso violaria a natureza de Deus e o desqualificaria como o Juiz.
“Não há ninguém que busque a Deus” (3-11,12), uma citação de Paulo dos Salmos 14.2, mostra que buscar é uma expressão que demonstra aquilo ao qual é importante para nós. Devemos preencher nossa mente com a vontade de Deus, buscando assim se desviar do pecado. Mudando o nosso padrão de vida natural, em um padrão em busca constante de obediência a Deus. Atos de rebelião a Deus leva a violência contra os outros, os vergonhosos marcos da história estão manchados com sangue gerado pelas atrocidades cometidas por pessoas que se separaram de Deus (3.15-17).
Para se temer ao Senhor é preciso, reconhecer que Ele é santo, onipotente, justo, puro, onisciente, o todo poderoso. Precisamos gerar em nós temor ao nosso Deus, esta é a única forma de ser justificado diante Dele, andando em fidelidade e verdade, aprendendo com o significado maior da lei, que é nos alertar sobre o pecado, e com o evangelho de Cristo alcançar a salvação.

2.   Fé - Graça divina. (Rm. 3.21 – 4.25) - PARTE I

Após uma ampla explicação das consequências do pecado, Paulo apresenta a provisão de Deus conhecida por Graça, como um dom gratuito acessível a todos, visando resolver à penalidade negativa imposta pelo pecado, transformando em um salvo conduto, isentando a culpabilidade pelo ato salvífico do evangelho de Cristo.
Agora Deus apresenta então o antídoto para a humanidade através do seu filho, e mostra assim que cumpre com suas promessas. Mais uma vez a fé é colocada com hábito a ser exercido continuamente, pois apenas pela fé em Cristo, alcançaremos a graça (3.22). Crer em Cristo não quer dizer que passaremos a entender tudo que Ele fez e faz por nós, mas que cremos que Ele fez e faz tudo por nós.
Com o evangelho de Cristo, passamos a ser agora justificados, declarando nossa inocência perante o seu pai, o Justo juiz.
Ao descrever que Deus nos proveu com uma justiça imerecida, Paulo ensina que agora não é mais o homem responsável apenas em oferecer sacrifícios pelo perdão, mas Deus sacrifica o seu próprio filho, nos dando assim as condições mínimas para se alcançar a salvação, bastando apenas crer no evangelho eterno (3.23). Pois o castigo requeria derramamento de sangue Lv.17.11, sendo assim derramado o sangue de Cristo, o filho de Deus. Alcançando então, a reparação efetiva e necessária, onde Cristo assume o nosso pecado, tomando sobre si a punição que era a morte. Assim Paulo garante que não é pela jactância ou orgulho pessoal, ou o meio de alcance da ostentação da herança da lei e de obras que fará do homem um homem salvo, mas apenas pela fé, independente da sua linhagem física ou da circuncisão. 

MATERIAL EXTRAÍDO DO LIVRO:
AOS ROMANOS

AUTOR:
#JUNTOSPELOREINO


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