sábado, 17 de novembro de 2018

ESTUDO DA CARTA AOS ROMANOS

AULA II
            18 de Novembro de 2018.


 ESBOÇO DA AULA

  
.        A Morte - A ira de Deus (1.18 - 3.20).

Vida após a morte na lei: O Torá não falava sobre o que seria alcançado pelo homem após a morte. A crença geral estava pautada na escrita de Gn. 3.19 (ao pó voltarás). Nenhum profeta durante a lei trouxe entendimento nesta realidade oculta até então, tornando-se especulação qualquer outra aplicação teológica sobre o tema. Nos textos de Jó, Salmos, Eclesiastes, Isaías e Ezequiel a compreensão não é tão clara pelo uso poético da escrita, bem como a complexidade da palavra Seol, por ser etimologicamente incerta. Em Hb 2.15, fica evidente a preocupação e medo da obscuridade na lei sobre o futuro após a morte.
Justificação na lei: A partir da visão temporal, os efeitos da justificação na lei, se pautavam no ato de fazer coisas boas, ou seja, “obras”. Tal entendimento se obteve através da miscigenação dos povos, quando os mesmos se encontravam em cativeiro, introduzindo no povo judeu ideologias diversas, como por exemplo: crença na reencarnação.
A idolatria em Roma: Reconheciam Deus como um ser celestial, mas se recusavam a honrá-lo ou serem agradecidos a Ele. Praticavam adorações e devoções a ídolos feitos por mãos de homens e que se alto exaltavam. O homem passou a ser adorado, ou seja, a criatura criou seus falsos deuses, anulando a figura de Deus.
A HomossexualidadeSaindo da naturalidade sexual, (Homem e Mulher) o homem passou a colher a consequência e a degradação do corpo através de práticas sexuais não normais, levaria a dominação da concupiscência gerando a desintegração daquilo que antes se entendia como “natural” deixando o homem aos domínios da escravidão do pecado alcançando a morte eterna.
         Atitudes que levariam a morte: Os judeus não são melhores que os gentios. Ambos são culpados devido à prática do pecado. Não existindo classes de pessoas que poderiam ser beneficiadas, mas que todos os homens, precisavam obter um novo entendimento de vida eterna a partir da morte de Cristo na cruz. As citações no A.T mostram as atitudes que geraram a culpa humana, deixando claro que nenhum homem pode estabelecer uma relação correta com Deus a partir do cumprimento exigida na Lei de Moisés, por ser impossível de ser cumprida em sua plenitude. Sendo assim, nossas atitudes estavam nos levando para a morte eterna.
Justificação pela fé: Com um entendimento e reconhecimento de que Cristo é o filho de Deus, e assim em temor aceitar que Ele é onipotente, justo, puro e santo, o homem deve assim, compreender que mesmo sem ter presenciado a morte de Jesus na cruz, tudo isto foi real. Alcançando assim pela fé (não vendo, mas esperando) que agora a morte física não seria mais o último estágio do homem, mas o início da vida eterna. Uma nova aliança se formou dando vida ao homem, e vida eterna.

2.    Fé - Graça divina. (3.21-4.25) - PARTE I


Cruz, sangue e graça: A raça humana que outrora estava destinada ao pecado, passa a desfrutar das promessas na qual a morte de Cristo na cruz produziu para todo homem. As condições eram simples, acreditar que Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia, nos concedendo assim a vida eterna. Um novo elemento chamado graça, nos dava esta condição de forma gratuita. Sendo assim a morte física passaria a ter um novo entendimento, salvação.
Para todos os povos: As promessas e maldições relatadas em Dt. 28 estavam de forma direta destinada aos judeus, agora a nova aliança de salvação, estava acessível a todo aquele que acreditasse que Jesus era o filho de Deus e que morreu por nossos pecados. A morte de Cristo na cruz trouxe pela fé, uma possibilidade nunca imaginada pelos profetas, mas verdadeiramente proclamada por Jesus, o filho de Deus, a salvação e vida eterna.alcançada pela fé, independente da sua linhagem ou da circuncisão. 



MATERIAL DE AUXÍLIO

Capítulo II

O Impacto do Evangelho e nossa relação com Deus.

A MORTE
Um dos temas mais complexos da vida humana está em como tudo acabará... Para os judeus já era complexo falar neste assunto, uma vez que, o entendimento judaico pelo Torá não deixava claro o seu futuro no pós-morte.
Um entendimento evasivo e superficial era feito a respeito deste tema, pois o norte principal estava na escrita de Gn. 3.19, que ensinava de do pó o homem era formado e assim para o pó ele voltaria.
A verdade clara e óbvia era que a morte chega como uma intrusa, inesperada sem ser convidada e com qual não se pode barganhar. E quando um homem vê que ela se aproxima, o pânico brota.
No N.T na escrita de Hb. 2.15, fica evidente que a morte no A.T não gerava perspectiva alguma aos judeus, e muito menos aos gentios, onde crenças de reencarnação eram às vezes aceitas por eles, pois a sua base de religiosa era omissa quanto ao esclarecimento do tema.
Este tema estava na rota das cartas para a igreja em Roma, modificando assim a crença do que aconteceria com o homem após a morte, dando assim uma perspectiva de algo novo que só por fé se acreditaria.

1.   Morte - A ira de Deus. (Rm. 1.18 – 3.20).

Porque do Céu se manifesta a “ira de Deus” contra toda a idolatria e a depravação dos gentios. Assim continua a escrita de Paulo para os romanos no (1.18) onde a santidade de Deus e a realidade humana que de forma deliberada desobedecem às regras morais da sociedade, se tornando a cada dia mais distante de Deus vivendo o fruto de sua própria imaginação (1.25). Passam a suprimir a verdade natural revelada por Deus, por qualquer outra situação no qual seu estilo de vida e o egoísmo se tornem fornido.
Deus podia ter mantido os seres humanos na ignorância a seu respeito, mas, escolhe através do evangelho de Cristo se manifestar em graça a toda terra (1.19,20).
Mas esta nova condição precisava partir do homem agora, pois se as pessoas continuassem a suprimir a verdade de Deus a fim de viverem do seu próprio modo (na desobediência do pecado), se tornariam por si mesmas inescusáveis, onde suas escolhas teriam consequências irrevogáveis.
A missão de Paulo era de mostrar que a natureza de Deus era de força, inteligência, ordem, beleza e poder; um Deus que controla forças poderosas já outrora reveladas através da criação At. 14.17, no qual jamais se curvaria aos caprichos do mundo em sua continua rejeição, mas que a justiça de Deus alcançaria a humanidade.
Paulo continua sua carta explicando o juízo de Deus (2.2) ensinando que o julgamento do homem é baseado no preconceito e na percepção parcial; mas o julgamento de Deus se baseava na verdade, onde as nossas ações nos levaria a sermos punidos se assim continuássemos em reproduzir o pecado.
Embora apresentar uma escrita dura, Paulo apresenta um Deus longânimo e benigno, pronto para perdoar o homem a partir de um arrependimento genuíno e continuo II Pe. 2.4, assim Paulo os lembra de que a benignidade de Deus tem também a intenção de gerar arrependimento, pois todos precisam do arrependimento.
Toda via, Paulo deixa um entendimento claro que Deus não faz acepção de pessoas, não existindo favoritismo aos judeus ou gentios no que se refere ao julgamento do pecado, não existindo um valor mínimo ou máximo, mas um abismo moral a todos os pecadores e Deus, no qual ninguém poderia saltar. Assim apenas o evangelho de Cristo poderia fornecer um caminho, construindo uma ponte de reconciliação e perdão para alcançar o outro lado, onde o favoritismo não existia, mas apenas a graça, que estava acessível a todos de forma igualitária (2.11), onde a lei outrora seguida pelos judeus estava sendo vivida de tal forma que o saber o que Deus quer e distinguir o certo e o errado que deveria ser o verdadeiro entendimento dos judeus instruídos na lei, já não eram por eles praticados, pois o princípio de olhar para si mesmo era deixado de ser praticado, pois muitos judeus tinham alcançado um orgulho pessoal do saber.
Os judeus viviam nesta época de aparência, onde os mandamentos e rituais haviam se perdido na sua observância real, passando a ser praticada em parte, ato no qual não se tornava satisfatório. Esta situação ainda se agravava pelo fato dos judeus se acharem serem os “escolhidos” e por possuírem a lei de Deus, fazendo com que Paulo se posicionasse contra ideologias que buscavam, não apenas, a exclusividade da salvação, mas também com o descredito do evangelho de Cristo (2.24).
Outra simbologia a ser quebrada por Paulo era o ato da circuncisão, na qual era fundamental para os judeus (2.25) instituída na aliança aos descendentes de Abraão, era a expressão máxima da identidade de Israel. Mas Paulo faz uma observância, que a circuncisão só era aceita ou se tornaria apta, se a pessoa guardasse toda a lei de Deus Gl. 5.3, indagando-os e dizendo que ser circuncidado e mesmo assim desobedecer à lei de Deus não fazia do judeu melhor que um gentil não circuncidado. Pois a busca do evangelho de Cristo estava pautada em um coração puro e obediente. A circuncisão que Deus queria não era somente o corte da carne, e o cortar a carne não se cumpria a lei, mas um verdadeiro judeu deveria amar a Deus e obedecer a sua lei, não preocupado com a herança abraâmica, mas que oferecesse uma vida como sacrifício agradável a Ele.
Se um judeu assim entendesse e escolhesse viver nestes moldes, cumpriria os requisitos da lei, e não mais criaria uma liturgia de adaptar a lei para si.
Paulo continua apresentado de forma crítica, olhando para si mesmo, por ser judeu, e afirmou claramente que o verdadeiro “judaísmo” não está sustentada na herança, mas deveria está relacionada ao relacionamento homem e Deus, e que a circuncisão não é no corpo, mas no coração (3.1).
Cedo ou tarde, a justiça de Deus virá e assim cada um receberá a recompensa de sua obra e atos. Ele tem o direito de julgar o mundo, pois Ele é Deus, é santo e justo. Ninguém se encontrará como exceção às leis de Deus, isso violaria a natureza de Deus e o desqualificaria como o Juiz.
“Não há ninguém que busque a Deus” (3-11,12), uma citação de Paulo dos Salmos 14.2, mostra que buscar é uma expressão que demonstra aquilo ao qual é importante para nós. Devemos preencher nossa mente com a vontade de Deus, buscando assim se desviar do pecado. Mudando o nosso padrão de vida natural, em um padrão em busca constante de obediência a Deus. Atos de rebelião a Deus leva a violência contra os outros, os vergonhosos marcos da história estão manchados com sangue gerado pelas atrocidades cometidas por pessoas que se separaram de Deus (3.15-17).
Para se temer ao Senhor é preciso, reconhecer que Ele é santo, onipotente, justo, puro, onisciente, o todo poderoso. Precisamos gerar em nós temor ao nosso Deus, esta é a única forma de ser justificado diante Dele, andando em fidelidade e verdade, aprendendo com o significado maior da lei, que é nos alertar sobre o pecado, e com o evangelho de Cristo alcançar a salvação.

2.   Fé - Graça divina. (Rm. 3.21 – 4.25) - PARTE I

Após uma ampla explicação das consequências do pecado, Paulo apresenta a provisão de Deus conhecida por Graça, como um dom gratuito acessível a todos, visando resolver à penalidade negativa imposta pelo pecado, transformando em um salvo conduto, isentando a culpabilidade pelo ato salvífico do evangelho de Cristo.
Agora Deus apresenta então o antídoto para a humanidade através do seu filho, e mostra assim que cumpre com suas promessas. Mais uma vez a fé é colocada com hábito a ser exercido continuamente, pois apenas pela fé em Cristo, alcançaremos a graça (3.22). Crer em Cristo não quer dizer que passaremos a entender tudo que Ele fez e faz por nós, mas que cremos que Ele fez e faz tudo por nós.
Com o evangelho de Cristo, passamos a ser agora justificados, declarando nossa inocência perante o seu pai, o Justo juiz.
Ao descrever que Deus nos proveu com uma justiça imerecida, Paulo ensina que agora não é mais o homem responsável apenas em oferecer sacrifícios pelo perdão, mas Deus sacrifica o seu próprio filho, nos dando assim as condições mínimas para se alcançar a salvação, bastando apenas crer no evangelho eterno (3.23). Pois o castigo requeria derramamento de sangue Lv.17.11, sendo assim derramado o sangue de Cristo, o filho de Deus. Alcançando então, a reparação efetiva e necessária, onde Cristo assume o nosso pecado, tomando sobre si a punição que era a morte. Assim Paulo garante que não é pela jactância ou orgulho pessoal, ou o meio de alcance da ostentação da herança da lei e de obras que fará do homem um homem salvo, mas apenas pela fé, independente da sua linhagem física ou da circuncisão. 

MATERIAL EXTRAÍDO DO LIVRO:
AOS ROMANOS

AUTOR:
#JUNTOSPELOREINO


sábado, 10 de novembro de 2018

ESTUDO DA CARTA AOS ROMANOS


MINISTÉRIO RENASCER
CENTRO DE TREINAMENTO - E.B.D
PRESIDENTE: Pr. CARLOS HERTEL



AULA I
10 de Novembro de 2018.

ESBOÇO DA AULA


1.    A mensagem. 1.1-15.

Um tratado teológico: Destinado à igreja de Roma, onde seu escritor tem como primeiro impacto se apresentar como escravo e emissário de Cristo. Seu objetivo era se aproximar aos cristãos de Roma, igreja que já existia na ocasião da escrita. Possivelmente foi escrito em 51 – 53 d.C.
Escritor: Paulo da cidade de Tarso, também conhecido como Apóstolo Paulo, nasceu em Tarso, na Cilícia, território atual da Turquia. Seus pais, embora judeus, gozavam dos privilégios da cidadania romana. No momento da circuncisão, recebeu dois nomes: Saulo - hebreu e Paulo - romano.
Formação: De cunho religioso, era judaico/fariseu (extremistas formalistas orais da lei), treinado intelectualmente por Gamaliel At.22.3.
      Cidadania e Perseguidor: Dupla cidadania adquirida pelos pais, e perseguidor dos cristãos no qual pelo excesso de zelo da lei os tinham como herege. 
Sua Missão: Comissionado por Cristo deveria levar o evangelho do filho de Deus a todas as nações. Foi o criador da termologia “Graça e Paz”, fusão das saudações de gregos e judeus.
Objetivo: Que a morte de Jesus, o filho de Deus na cruz, deu origem há uma nova era cristão, e uma ruptura entre lei e graça estava sendo implantada aos judeus e aos gentios, dando um novo entendimento do que significaria assim agora salvação e vida eterna.
Salvação Global: Mostrar aos romanos (gentios) que a salvação era possível para todos, e não apenas para os judeus. E que assim os romanos poderiam dar créditos no que era pregado pelos cristãos de Roma.

2.    O Poder de Deus. 1.16,17.

Boas novas: Paulo se apresenta aos romanos se gloriando no evangelho de Cristo o filho de Deus, o poder que esta nova realidade tinha entre eles. Esta nova realidade de vida, podia salvar todo aquele que viesse a crer na morte e ressurreição de Cristo na cruz. Uma realidade não em busca de uma perfeição abstrata, mas uma aliança alcançada pela fidelidade.
Nova realidade de vida: Viver pela fé, seria uma prática a ser vivida por todos... Embora não ser algo novo, Hc. 2.4, já predito pelo profeta Habacuque no A.T, tal realidade de vida. Esta realidade consiste em uma adesão incondicional em acreditar ser verdadeira algo, sem obter provas concretas sobre tal, ou seja, acreditar em Jesus em ser o filho de Deus, e que o crer na sua morte geraria a garantia de alcançar a vida eterna.



MATERIAL DE AUXÍLIO



    Capítulo I

Paulo e o Evangelho

1.   A mensagem de Paulo Rm. 1.1-15.

Um tratado teológico, onde o seu escritor é conhecido como Paulo (Saulo de Tarso); Fariseu, apóstolo, missionário e pioneiro da igreja, porém o mais importante era que Paulo se tornou um seguidor de Cristo.

Por não ter visitado Roma, ele escreve esta carta para se apresentar aos crentes daquele local, e assim preparar o seu caminho para a sua visita.

Sob a inspiração de Deus, ele claramente delineou a mensagem cristã, onde seus leitores facilmente identificariam em Paulo um cidadão do Reino dos céus, um irmão em Cristo.

Paulo era de cultura e formação religiosa judaica, pouco se sabe de sua juventude exceto que era de Tarso, cidade ao norte e ao oeste de Jerusalém na Cilícia.

As escrituras nos mostram que Paulo era um fariseu zeloso da fé, obtendo treinamento e ensinamento intelectual com um dos maiores conhecedores da lei daquele tempo, Gamaliel, um mestre judeu extremamente respeitado. At. 22.3. Paulo em seu excesso de zelo ficou obcecado pela eliminação de todos da seita cristã onde o mesmo entendia como herege. At.8.1-3, 9.1,2, dando sua aprovação à morte de Estevão. At. 7.58.

Além de um exímio Judeu, era também Paulo um cidadão romano At.22.28, privilégio especial, adquirindo vários direitos e garantias obtendo assim dupla nacionalidade.

Paulo se apresenta em (1.3) e assim demonstra o que o evangelho fez com ele, declarando a sua fidelidade sem deixar nenhuma dúvida em quem agora havia se tornado.

Em sua declaração Paulo se intitula como escravo e emissário de Cristo, onde foi comissionado pelo próprio Cristo para levar o evangelho de Deus a todas as nações. Usa o termo “Graça” e “Paz” fazendo assim uma fusão das saudações usuais entre gregos e judeus, criando assim uma identidade única cristã.

A mensagem de Paulo tem como característica proclamar o Filho de Deus ressuscitado, dando assim um significado claro no significado do termo evangelho que era a mensagem deixada pelo filho de Deus ressuscitado dentre os mortos.

Paulo também descreve seus sentimentos aos romanos, dizendo que deseja vê-los e compartilhar com eles as boas novas do evangelho (1.7).

O objetivo primordial de Paulo estava em mostrar aos gentios que a salvação era possível para todos, não apenas para os judeus e que esta realidade merecia ter deles total confiança por aquilo que era ensinado.


2.   O Poder de Deus Rm. 1.16,17.

Paulo procura se apresentar aos romanos, se gloriando no evangelho de Deus, o poder desta palavra da verdade, onde ele resume que o evangelho de Cristo tinha poder suficiente para salvar toda pessoa se assim passasse a crer na morte e na ressurreição de Cristo na cruz. Também mostra a “justiça” de Deus, onde não se tratava simplesmente em uma perfeição moral abstrata, mas de um teor que alcançava fidelidade e aliança.

Assim, “ao anunciar que Jesus Cristo é Senhor do mundo, Paulo está revelando ao mundo as boas novas de que o Deus único de todo o mundo cumpriu a sua palavra, resolveu de forma definitiva o problema do mal que invadiu a sua criação, e agora está restaurando a justiça, a paz e a verdade” (Tom Wright).

Uma nova forma de vida é apresentada por Paulo, ou seja, viver de fé em fé, onde uma confiança incondicional deveria fazer parte desta nova cultura, deveria ser o modo indicado para receber a justiça de Deus. Ao confiarmos em Cristo, passamos a ter uma relação tanto temporal quanto eterna em fé. Paulo cita Hc 2.4 “O justo viverá pela fé”, demostrando assim que esta nova realidade já estava predita pelos profetas no antigo testamento, no qual os cristãos judeus já estavam familiarizados com esta nova forma de viver.

LIVRO: AOS ROMANOS
AUTOR: ARLEY SANTANA

#JUNTOSPELOREINO


domingo, 18 de março de 2018

Nada se esconde de Deus




...Não há nada que se possa esconder de Deus. Em toda a criação, tudo está descoberto e aberto diante dos seus olhos, e é a ele que todos nós teremos de prestar contas... Hb 4.13.
Vivemos hoje em um tempo de mentiras e ocultismos nas igrejas.
Muitos pastores, líderes, obreiros e membros de modo geral, vivem uma vida em pecado extremo em cima dos nossos altares, vivendo como hipócritas, pensando que a mentira ficará sempre encoberta.
Uma geração muito doente, onde os anciões no qual deveriam ser o exemplo dos mais jovens vivem uma vida de prostituição tão intensa, que estão assim estragando o crescimento de uma juventude com caráter e moral ilibado.
E o pior de tudo é que estes homens e mulheres que se autodenominam “usados por Deus”, são normalmente falsos moralistas, vê demônio em tudo, seus adversários são constantemente visto morrendo, empunham uma falsa espada de justiça, são preconceituosos nas falas, vestem uma capa de santidade, que sinceramente, não passam de sepulcros caiados.
A maior problemática está nos Pastores dos templos, no qual deveriam zelar pela casa de Deus, mas se perderam em vigiar e orar, e ainda ocultam seus pecados e de outros...
Continue sendo falso (a), mentiroso (a), pregando em pecado e caluniando os inocentes, afinal pecado não é para você, pois o ápice da santidade te alcançou.
A hora vai chegar e o joio vai ser queimado.
Arrependa-se enquanto há tempo...

sexta-feira, 16 de março de 2018





O jugo é uma “canga” (também chamada de parelha) utilizada para unir a capacidade física de dois animais (geralmente bois) na execução de trabalhos no campo.

Sendo assim, o jugo (canga) nada mais é do que uma peça de madeira, pesada colocada sobre o pescoço dos animais para que juntos possam arrastar uma carroça ou um arado. 

É necessário que os animais escolhidos para trabalharem juntos na parelha sejam similares, tanto em porte quanto em saúde e vigor.

Quando um animal menor ou mais fraco é colocado com outro animal maior e mais forte, certamente a tarefa não será executada, e no máximo eles andaram em círculos, pendendo para um dos lados devido à diferença de tamanho e força. Logo, o problema nessa situação é o “jugo desigual”.

Em Deuteronômio 22.10 encontramos uma recomendação direta sobre o jugo desigual no sentido literal, onde lemos: “Com boi e com jumento não lavrarás juntamente”.

É exatamente essa figura da inutilidade e disparidade de dois animais unidos por uma canga na execução de uma tarefa, que o apóstolo Paulo utiliza em seu texto.

No entanto, para entendermos corretamente o que ele pretendia dizer quando utilizou a expressão “jugo desigual” precisamos considerar o contexto da passagem em que tal expressão aparece.

Estamos falando de II Co 6 , onde encontramos recomendações práticas do apóstolo com relação à vida cristã que se estendem até o capítulo 7.
A maioria dos cristãos interpreta essa expressão como uma referência ao casamento de um crente com um incrédulo, ou à sociedade comercial entre duas pessoas nestas condições. Entretanto, não é exatamente sobre isso que o texto trata.

Em II Co 11.13-15 Paulo fala sobre a atividade dos falsos apóstolos, “obreiros fraudulentos”, (Faz de conta que você não conhece nenhum) que afirmavam ser cristãos, mas, na verdade, eram servos de Satanás. Assim, o apóstolo estava advertindo os cristãos de Corinto a não receberem esses falsos obreiros, pois ao se juntarem a eles, ou se sujeitarem a autoridade fraudulenta que eles alegavam ter, haveria uma distorção do próprio ministério da Igreja de Cristo ali estabelecida.

O texto original em grego enfatiza a ideia de que colocar-se em jugo desigual significa estabelecer ligação com uma pessoa que é completamente diferente, que nesse caso, eram os falsos apóstolos que não eram membros verdadeiros da família da fé.

Esse é o contexto da passagem e a correta interpretação da expressão “jugo desigual” utilizada por Paulo. O apóstolo estava tratando do problema de pessoas que frequentemente tentavam influenciar os cristãos de Corinto a adotarem práticas pagãs.

Vimos que o princípio geral das recomendações do apóstolo é a clara recomendação à separação entre cristãos e pagãos, e aqui estão inclusos os que se dizem cristãos, mas não vivem como tal.
É possível aplicar esse princípio a outras situações, desde que tal aplicação seja feita com bastante critério e discernimento.

É interessante pensar que uma boa aplicação para o ensinamento do apóstolo nos dias atuais ninguém faz, que é a pratica, cada vez mais comum, de igrejas abraçarem falsos profetas que pregam um “outro evangelho” e reconhecerem tais pessoas como “usadas por Deus”. Isto é o mais claro exemplo do que é se submeter a um jugo desigual, no entanto ninguém se lembra disto.

Também é verdade que no Novo Testamento não existe uma exortação que enquadre tal prática como um tipo de pecado (união entre cristãos e incrédulos), porém encontramos várias recomendações acerca dos perigos e consequências resultantes desse tipo de união.

O ponto da questão que deve ser analisado é o seguinte: Que tipo de situação ou relacionamento poderá me colocar em situação difícil perante minha aliança com Deus e o padrão de vida que sou instruído a ter mediante a sua Palavra?

Ora, se uma pessoa muda sua visão de fé, é porque você nunca realmente teve certeza naquilo que vivia. E de certa forma a bíblia nos fala que dois estarão em um campo e um será levado e o outro deixado Mt. 24.40, lembra-se deste texto?

A questão medíocre de alguns nesse tema, está em esquecer de que a salvação é individual e que o pecado não é carnal e sim espiritual, e se vivemos com Cristo somos protegidos e guardados por ele em todas circunstancias.

Pergunto aos fanáticos religiosos, o que dizer desse texto? “E se alguma mulher (ou homem) tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz” I Co 7.13-15.

Já na questão das sociedades comerciais. Como foi dito, é preciso muito discernimento em questões assim, até porque há pessoas que adotam uma posição tão radical quanto a isto que, tentando acertar, acabam praticando um verdadeiro desserviço ao Evangelho, sem contar a desonestidade dos “crentes” em não cumprir com seus compromissos.

Vale lembrar que nenhum escritor do Novo Testamento alguma vez aconselhou os cristãos a não se associarem, em nenhuma hipótese, com os descrentes, na verdade, o próprio Paulo falou que algo desse tipo só seria possível se saíssemos do mundo I Co 5.9-11.
O que somos alertados é que não devemos nos submeter a situações em que, de alguma forma, pessoas que não compartilham da mesma fé e entendimento que temos, possam interferir diretamente sobre as ações e resultados de nossas vidas, pois assim, em alguns aspectos, seriamos inúteis, andando em círculos, tal como um animal grande e forte trabalhando ao lado de outro pequeno e fraco. Sob esse aspecto, esse tipo de situação pode significar um jugo desigual.

Não seria jugo desigual dois “crentes” dentro da igreja casados vivendo uma mentira ou uma espécie de casca (esta cheio hoje em nosso meio) onde a traição, calunia, mentiras e prostituição vivem camufladas e até ocultadas por alguns líderes da igreja?

Não seria uma espécie de jugo desigual com o propósito real do cristianismo, ser uma pessoa preconceituosa aos descrentes e assim não levar até eles o entendimento real do cristianismo por não se encontrarem na mesma fé?

Pessoas que sabem quem são realmente não se levam a correntes hipócritas e mudam a sua fé... Zele por sua fé, e nunca esqueça, a salvação é individual.



quarta-feira, 29 de março de 2017

AS DUAS ÁRVORES



Texto de referência: Jo. 15.1-22.

Introdução:

A natureza, e tudo que existe em sua volta, são constantemente apresentadas e comparadas conosco nas sagradas escrituras. Árvores frutos, de todo tipo e espécie, entram em semelhanças com nossas condutas no desenrolar dos ensinamentos das escrituras, deixando sobre nós leitores da bíblia um conhecimento amplo dos desígnios de Deus através dos exemplos por Ele ensinados.

Quando lemos Sl. 1.3, vemos que o homem é comparado como uma árvore, e o nosso texto de referencia de João, nos mostra que temos dois tipos de qualidades de árvore (varas), de forma radicalmente distintas, uma que produz fruto e outra que nada produz.

  • A RAIZ.

Jesus é a Videira e nós somos os seus ramos Jo. 15.3. O texto também nos leva a entender que o próprio Deus, é o agricultor que cultiva e poda o que fora plantado, logo entendemos que:

-                     Quando estamos LIGADOS em Jesus que é a fonte de Vida, a raiz, nós damos frutos.

-                     Jesus é a SEIVA (O Alimento Principal), da árvore.

-                     Deus é o LAVRADOR, que cuida para o crescimento da ÁRVORE, para que deem frutos, Deus espera que todos deem FRUTOS.

Toda árvore (Homem ou Mulher) está sobre o domínio do próprio Deus. Ez. 17.24.

  • ÁRVORES INFRUTÍFERAS:

As árvores que cessam de dar frutos são as que já não tem em si a vida que provem da fé perseverante em Cristo. Essas árvores o Pai tira e separa da União com Cristo. Lc. 13. 6-9, Mc. 11. 13-14.

  • ÁRVORES FRUTÍFERAS:

As árvores que dão Frutos são as que têm vida em si por causa da sua perseverança na fé e no amor com Cristo, são pessoas que alem de serem exemplos de vida, usam os dons para ajudar outras pessoas. Ez. 47.12.


Conclusão:

A árvore (homem e mulher) produzirá ou não frutos, partindo do princípio daquilo a qual em seu crescimento foi assim gerada. Ou seja, que adubo recebeu se foi uma palavra genuína, ou se foram palavras sem fundamentos. Se o seu alimento foi em Jesus, “a seiva” que produz vida, ou se seu alimento estava em outras ideologias pagãs.

O homem e a mulher sempre produzirão aquilo ao qual lhes foram ensinados. Quando ainda velho homem, Jesus vem e é enxertado em nós, para modificar o nosso fruto produzido. Rm. 11.17.
            


Quer conhecer o homem ou uma mulher? Veja pelo seu fruto. Lc. 6.44.

quarta-feira, 22 de março de 2017

CRISE ESPIRITUAL



Texto de Referência: Is. 1.1-20.

Introdução

 Uma crise assola a igreja de forma devastadora. A problemática não está mais em um foco apenas ou em uma vertente, mas se tornou de várias vertentes e focos.

 Líderes que se sentem empresários, membros que se acham altos suficientes, mentiras de modo geral, pecados ocultos de todos os lados, fazem com que alguns fiéis entrem em crise ao ponto de desistir.

·                    Origem da Crise de espiritualidade

Vivemos em um estado de rebelião Is.1.2 contra os princípios da moral da palavra de Deus, muitos prostituem as escrituras para satisfazerem a sua carne com o pecado, com a politicagem dentro e fora da igreja, e com pregações do amor á si mesmo, em torno da lascívia. (luxuria e sensualidade exagerada)
      
 Outra manifestação da rebelião espiritual está em muitos com o conhecimento da letra, agir com soberba aos menos conhecedores, esquecendo estes que o conhecimento se perde sem o espírito de Deus. Jo. 15.5.

·                    Falta de conhecimento Is. 1.3, Jr. 9.24.

Vivemos dias e tempos em que o conhecimento da letra está a todo vapor.

As pessoas conhecem as escrituras de forma básica e os erros e acertos a luz da Bíblia se tornou algo compreendido por jovens de pouca idade.

A Falta de conhecimento mais agravante em nosso tempo está em não conhecer, ou ter desaprendido do que é o Espírito Santo de Deus.

Muitos vivem no apego ao pecado Is.1. 4, se esquecendo que o pecado nos leva para a morte,outros valorizam os sintomas da derrota na luta espiritual, entendendo que nada mais é espiritual, ou seja, é uma mera consequência do caminho tomado.

Ora, esquecemos-nos da alegria da primeira experiência de salvação, incluindo o desejo de estudar a Bíblia, da oração, do prazer em cultuar a Deus, e o verdadeiro sentido de pertencer a Jesus.

Vivemos o tempo do conhecimento da letra, mas praticamos o tempo do desconhecimento de um relacionamento com Cristo e o seu Espírito Santo.
  
Frutos negativos da Crise de Espiritualidade


·                       Ritualismo hipócrita, culto indiferente. Is. 1.11 e 14.

Presos pelo conhecimento da letra, dogmas e cerimônias, estamos em nossos dias presos dentro de uma igreja para realizar exames litúrgicos, examinar se os louvores foram bons, se o pregador realmente conhece as escrituras, ou se usou a metodologia teológica correta.

A Adoração genuína tem se perdido por causa das falas negativas que um aleluia, ou um glória Deus, poderá gerar na pessoa que está ao seu lado.

Perdeu-se a essência de adorar, agradecer, chorar aos pés de Cristo, pois o ritual é mais importante. Perdeu-se o primeiro amor Ap.2.2.


·                       Religiosidade estéril: Is.1.13 e 15.

Sacerdotes que metem, roubam, pecam, são imorais, constrangem pessoas com suas falas, membros que prostituem a moral cristã com suas vestes manchadas com o pecado, transitam na igreja e púlpitos de forma normal, natural e incessível ao Espírito Santo.

Estéril, pois não produzem mais o bem estar em suas ovelhas ou líderes sobre sua cobertura, onde a preocupação está nos ganhos financeiros, e nunca com a saúde espiritual do povo.

Para muitos o cristianismo se tornou um meio de enriquecimento ilícito, com a prática do comércio com vendas de igrejas, casas, carros, CDs, DVDs, shows e tantas outras coisas dentro do santuário.

 Situação esta que me faz pensar... Se Jesus vivesse na terra nos dias de hoje, não seria difícil outras situações de insatisfação que ele demonstrou no templo nos dias dele. Mt. 21.12.


 Como combater a crise da espiritualidade


·                       A graça de Deus Is.1.18.

Abandono radical do pecado, da soberba, da mentira, da hipocrisia, e principalmente gerar em si um espírito de paz.

Frequentar a casa de Deus sem ser um fiscalizador de dogmas, costumes ou coisa assim, mas preservar o entendimento da palavra que transforma sem necessidade de fatores humanos racionais, mas viver uma vida sadia aos olhos de Deus.

·                 O arrependimento genuíno: Is.1.16,17.

A prática das disciplinas espirituais ensinadas no texto acima, nos levará a passar pela crise espiritual, fazendo-nos melhores em cristo. Somente com a Santidade I Ts.3.13, verdade Fp.3.16, no espírito Gl. 5.16 e em caminhos retos Sl. 119.1, geraremos de fato uma libertação e assim genuinamente o arrependimento.


Conclusão:

As tribulações não podem nos atingir e nos destruir quando estamos em Cristo. Esquecer os homens e suas mentiras farão de nós pessoas mais alegres e acima de tudo espirituais, pois um imundo não pode ajudar outra pessoa nem a si mesma. Lc. 6. 39.


Devemos ter como alvo, uma vida espiritual com cristo, sem crise I Tm. 6.11.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A Graça



TEXTO DE REFERÊNCIA: Ef. 2. 8-9.

INTRODUÇÃO:

            O que é graça?  Esta palavra tem uma importância central, se tornando uma palavra chave no cristianismo. É o ápice encontrado no Novo Testamento,  em todas as possíveis vertentes encontradas veremos ser a “graça”, maravilhosa e acima de tudo incomparável.

             A definição costumeira que falamos do significado de graça é a seguinte: “O favor imerecido que Deus concede ao Homem”, embora ser realmente isso, é incompleto tal conceito, pois, graça é um atributo de Deus, somente Dele, um Dom, ou um componente do caráter divino, onde através da demonstração de bondade ao homem de forma individual, ou a uma nação de forma global, é manifestada por Ele. Onde o pecado impregnado em meio à humanidade perde seu efeito, e sua bondade embora não merecedores, nos é doada gratuitamente, isto é, a graça nos garante de forma imerecida a salvação.

             O Novo Testamento nos apresenta um Deus em graça plena I Pe. 5.10, e o Espírito Santo, sendo o Espírito de graça Hb.10.29, estabelecendo um entendimento central de que a chave para se compreender o N.T, está em saber que a graça veio aos homens através do filho de Deus Jesus Cristo. A graça é o sumário e a substancia da fé do Novo Testamento. Sem a graça o Novo Testamento não faria sentido.

              Na septuaginta a escrita mais antiga do N.T para a língua grega, o termo de tradução de graça é charis que significa “favor imerecido” já na escritura hebraica, não se encontra nenhum termo hebraico equivalente, os termos originais hebraicos traduzidos para a septuaginta são chanan ou chen, que levam também ao traduzido “favor” ou “misericórdia”, a função destas palavras no hebraico mostram as misericórdias de Deus com homens de forma singular Gn.6.8; Gn.39.2; Êx 33.12,17, bem como aos que invocavam por misericórdia e com os pobres Sl.4.1; 6.2; Pv.14.31.

               Para muitos este significado se torna tão evasivo, que passam a compreender de forma errônea que a graça seria uma forma de recarregar as nossas baterias, administradas por meio das ordenanças religiosas e para outros não significa ou significou em algum momento, alguma coisa. Enquanto isso muitos gerem a religião em nome do cristianismo, negando totalmente a graça de Deus, através do legalismo doutrinário, onde se determina que a salvação dependa da lealdade a um sistema doutrinário eclesiástico, bem como das doutrinas do moralismo liberal, onde estabelece que uma pequena porção de bondade seja suficiente para alcançar a salvação pelo mecanismo graça. A graça não é gerida ou manifestada por nós, nunca foi um mecanismo metódico, mas é a essência de Deus ofertada a todos que assim desejam alcança-la.




·        A natureza da graça.

    Sua natureza tem como regra geral a gratuidade, pois o preceito coerente em sua interpretação e compreensão está em entender que o “favor imerecido” é a concessão que um suplicante acha aos olhos de um superior, no qual não se podia reivindicar tratamento favorável, mas nele encontra tal favor sem merecer.  Por isso é algo gratuito, pois (Deus) que manifesta a sua graça em favor de alguém (homem) não está obrigado a demonstra-la, ou seja, depende unicamente da vontade própria de Deus.

·        A riqueza da Graça.

A graça sempre será vinculada a obra de cruz de Cristo I Pe.1.10, que após a morte de cruz, todo o pecado outrora dominador do homem, encontra um novo antidoto que não apenas desfaz os efeitos do pecado mas, gera de dentro para fora uma transformação plena do homem visando algo duradouro e eterno Rm. 5.20,21.

Essa riqueza é extremamente ensinada e relatada por Paulo, ele nos ensina que a cruz de Cristo vem provar a realidade da graça divina, como a medida final para nós Rm. 5.8.  

Essa riqueza também nos leva a quatro pontos de garantias de transformação e alcance, que de forma imprescindível deverá ocorrer em nós.

1.      Redenção: Em Ef. 1.7, vemos que a redenção só ocorre após a morte de Cristo na cruz. Redenção é um caríssimo livramento do perigo, gerado pela nossa culpa no pecado, mas agora pela graça redentora seremos redimidos de todo o pecado Rm. 3.24; Tt. 3.7.

2.      Regeneração: É alcançada mediante a nossa união com Cristo em sua ressureição, ou seja, forma de se vivificar com Cristo Ef. 2.1-5. A regeneração é o complemento necessário com a redenção que gerará em nós a fé no redentor Ef. 2.8. Essa co-ressurreição nada mais é que um fruto da graça, Lucas nos dizia, os homens creem mediante a graça At.18.27, enquanto Deus os chama por sua graça Gl. 1.15.

3.      Eleição: Somos eleitos por Deus de forma irrestrita e incondicional, outrora ofensores culpados, agora transformados em chamados e justificados Ef. 1.3-12. Essa eleição se caracteriza pela graça, jamais pelas obras, isto é, não está na resposta dada por Deus a qualquer esforço ou mérito humano, que Deus pudesse ter previsto Rm. 11.6; II Tm. 1.9.

4.      Preservação: Deus gera sobre nós cuidados, pois somos agora alcançados pelo fruto da graça, e nos tornamos unidos com Deus em fé Jo. 10. 27,28; Ef. 4.18. Esta segurança de ser guardado está para os fiéis agora regenerados e discípulos de Cristo, onde passam, a saber, se mesmo caindo da graça Deus estará pronto para nos levantar novamente em graça Pv. 24.16, pois a graça nos faz alcançar as misericórdias de Deus Hb. 4.16, e com seu perdão somos levados ao efeito libertos em Cristo Jo. 10.10, no qual visa gerar em nós uma preservação para a eternidade Ap. 21.22.

CONCLUSÃO:

Sendo assim, entenda que a graça é o dom de Deus que gera sobre nós em fé a salvação.

Mas em meio à corrida pessoal de alcançar as bênçãos nesta terra, podemos sentir que não estamos sendo bem sucedidos nessas buscas, nesse caso devemos lembrar que temos uma garantia e certeza, de alcançar um novo céu, que a graça mediante a fé nos garante está disponível a todos nós. Tt. 2.11.

Enquanto ao sofrimento (dores, moléstias e doenças), se não obtivermos de Deus o milagre da cura, devemos lembrar que isto faz parte da condição humana, em virtude do pecado, do envelhecimento do corpo, ou da punição de Deus. Mas em tudo isto temos como exemplo Paulo que obteve a resposta de Deus, “a minha graça te basta” II Co. 12.9.

Em outras palavras a graça de Deus é suficiente para nos fortalecer em meio a qualquer provação, tentação ou período de sofrimento.

Maravilhosa, infinita e incomparável é a graça de Deus, se surpreenda viva debaixo da graça de Deus. Tt. 2.7-15.           


ESTUDO DA CARTA AOS ROMANOS

AULA II             18 de Novembro de 2018.   ESBOÇO DA AULA    .          A Morte - A ira de Deus (1.18 - 3.20). Vi...