AULA II
18 de Novembro de 2018.
ESBOÇO DA AULA
. A Morte - A ira de Deus (1.18 - 3.20).
Vida
após a morte na lei: O Torá não falava sobre o que seria alcançado
pelo homem após a morte. A crença geral estava pautada na escrita de Gn. 3.19 (ao pó voltarás). Nenhum
profeta durante a lei trouxe entendimento nesta realidade oculta até então, tornando-se
especulação qualquer outra aplicação teológica sobre o tema. Nos textos de Jó,
Salmos, Eclesiastes, Isaías e Ezequiel a compreensão não é tão clara pelo uso
poético da escrita, bem como a complexidade da palavra Seol, por ser
etimologicamente incerta. Em Hb 2.15,
fica evidente a preocupação e medo da obscuridade na lei sobre o futuro após a
morte.
Justificação
na lei: A partir da visão temporal, os efeitos da justificação
na lei, se pautavam no ato de fazer coisas boas, ou seja, “obras”. Tal entendimento
se obteve através da miscigenação dos povos, quando os mesmos se encontravam em
cativeiro, introduzindo no povo judeu ideologias diversas, como por exemplo:
crença na reencarnação.
A
idolatria em Roma: Reconheciam Deus como um ser celestial, mas
se recusavam a honrá-lo ou serem agradecidos a Ele. Praticavam adorações e
devoções a ídolos feitos por mãos de homens e que se alto exaltavam. O homem
passou a ser adorado, ou seja, a criatura criou seus falsos deuses, anulando a
figura de Deus.
A
Homossexualidade: Saindo da naturalidade sexual, (Homem e Mulher) o homem
passou a colher a consequência e a degradação do corpo através de práticas
sexuais não normais, levaria a dominação da concupiscência gerando a
desintegração daquilo que antes se entendia como “natural” deixando o homem aos
domínios da escravidão do pecado alcançando a morte eterna.
Atitudes que levariam a morte: Os judeus não são melhores que os gentios. Ambos são
culpados devido à prática do pecado. Não existindo classes de pessoas que
poderiam ser beneficiadas, mas que todos os homens, precisavam obter um novo
entendimento de vida eterna a partir da morte de Cristo na cruz. As citações no
A.T mostram as atitudes que geraram a culpa humana, deixando claro que nenhum
homem pode estabelecer uma relação correta com Deus a partir do cumprimento
exigida na Lei de Moisés, por ser impossível de ser cumprida em sua plenitude.
Sendo assim, nossas atitudes estavam nos levando para a morte eterna.
Justificação
pela fé: Com um entendimento e reconhecimento de que Cristo é o
filho de Deus, e assim em temor aceitar que Ele é onipotente, justo, puro e
santo, o homem deve assim, compreender que mesmo sem ter presenciado a morte de
Jesus na cruz, tudo isto foi real. Alcançando assim pela fé (não vendo, mas
esperando) que agora a morte física não seria mais o último estágio do homem,
mas o início da vida eterna. Uma nova aliança se formou dando vida ao homem, e
vida eterna.
2. Fé - Graça divina. (3.21-4.25) - PARTE I
Cruz,
sangue e graça: A raça humana que outrora estava destinada ao
pecado, passa a desfrutar das promessas na qual a morte de Cristo na cruz produziu
para todo homem. As condições eram simples, acreditar que Cristo morreu e
ressuscitou ao terceiro dia, nos concedendo assim a vida eterna. Um novo
elemento chamado graça, nos dava esta condição de forma gratuita. Sendo assim a
morte física passaria a ter um novo entendimento, salvação.
Para
todos os povos: As promessas e maldições relatadas em Dt. 28 estavam de forma direta
destinada aos judeus, agora a nova aliança de salvação, estava acessível a todo
aquele que acreditasse que Jesus era o filho de Deus e que morreu por nossos
pecados. A morte de Cristo na cruz trouxe pela fé, uma possibilidade nunca
imaginada pelos profetas, mas verdadeiramente proclamada por Jesus, o filho de
Deus, a salvação e vida eterna. alcançada pela fé, independente da sua linhagem ou da circuncisão.
MATERIAL DE AUXÍLIO
Capítulo
II
O
Impacto do Evangelho e nossa relação com Deus.
A
MORTE
Um
dos temas mais complexos da vida humana está em como tudo acabará... Para os
judeus já era complexo falar neste assunto, uma vez que, o entendimento judaico
pelo Torá não deixava claro o seu futuro no pós-morte.
Um
entendimento evasivo e superficial era feito a respeito deste tema, pois o
norte principal estava na escrita de Gn.
3.19, que ensinava de do pó o homem era formado e assim para o pó ele
voltaria.
A
verdade clara e óbvia era que a morte chega como uma intrusa, inesperada sem
ser convidada e com qual não se pode barganhar. E quando um homem vê que ela se
aproxima, o pânico brota.
No
N.T na escrita de Hb. 2.15, fica
evidente que a morte no A.T não gerava perspectiva alguma aos judeus, e muito
menos aos gentios, onde crenças de reencarnação eram às vezes aceitas por eles,
pois a sua base de religiosa era omissa quanto ao esclarecimento do tema.
Este
tema estava na rota das cartas para a igreja em Roma, modificando assim a
crença do que aconteceria com o homem após a morte, dando assim uma perspectiva
de algo novo que só por fé se acreditaria.
1.
Morte - A ira de Deus. (Rm. 1.18 – 3.20).
Porque do Céu se manifesta a
“ira de Deus” contra toda a idolatria e a depravação dos gentios. Assim
continua a escrita de Paulo para os romanos no (1.18) onde a santidade de Deus e a realidade humana que de forma
deliberada desobedecem às regras morais da sociedade, se tornando a cada dia
mais distante de Deus vivendo o fruto de sua própria imaginação (1.25). Passam a suprimir a verdade
natural revelada por Deus, por qualquer outra situação no qual seu estilo de
vida e o egoísmo se tornem fornido.
Deus podia ter mantido os
seres humanos na ignorância a seu respeito, mas, escolhe através do evangelho
de Cristo se manifestar em graça a toda terra (1.19,20).
Mas esta nova condição
precisava partir do homem agora, pois se as pessoas continuassem a suprimir a
verdade de Deus a fim de viverem do seu próprio modo (na desobediência do
pecado), se tornariam por si mesmas inescusáveis, onde suas escolhas teriam
consequências irrevogáveis.
A missão de Paulo era de
mostrar que a natureza de Deus era de força, inteligência,
ordem, beleza e poder; um Deus que controla forças poderosas já outrora
reveladas através da criação At. 14.17,
no qual jamais se curvaria aos caprichos do mundo em sua continua rejeição, mas
que a justiça de Deus alcançaria a humanidade.
Paulo continua sua carta
explicando o juízo de Deus (2.2)
ensinando que o julgamento do homem é baseado no preconceito e na percepção
parcial; mas o julgamento de Deus se baseava na verdade, onde as nossas ações nos
levaria a sermos punidos se assim continuássemos em reproduzir o pecado.
Embora apresentar uma
escrita dura, Paulo apresenta um Deus longânimo e benigno, pronto para perdoar
o homem a partir de um arrependimento genuíno e continuo II Pe. 2.4, assim Paulo os lembra de que a benignidade de Deus tem
também a intenção de gerar arrependimento, pois todos precisam do arrependimento.
Toda via, Paulo deixa um
entendimento claro que Deus não faz acepção de pessoas, não existindo
favoritismo aos judeus ou gentios no que se refere ao julgamento do pecado, não
existindo um valor mínimo ou máximo, mas um abismo moral a todos os pecadores e
Deus, no qual ninguém poderia saltar. Assim apenas o evangelho de Cristo
poderia fornecer um caminho, construindo uma ponte de reconciliação e perdão
para alcançar o outro lado, onde o favoritismo não existia, mas apenas a graça,
que estava acessível a todos de forma igualitária (2.11), onde a lei outrora seguida pelos judeus estava sendo vivida
de tal forma que o saber o que Deus quer e distinguir o certo e o errado que
deveria ser o verdadeiro entendimento dos judeus instruídos na lei, já não eram
por eles praticados, pois o princípio de olhar para si mesmo era deixado de ser
praticado, pois muitos judeus tinham alcançado um orgulho pessoal do saber.
Os judeus viviam nesta época
de aparência, onde os mandamentos e rituais haviam se perdido na sua
observância real, passando a ser praticada em parte, ato no qual não se tornava
satisfatório. Esta situação ainda se agravava pelo fato dos judeus se acharem
serem os “escolhidos” e por possuírem a lei de Deus, fazendo com que Paulo se
posicionasse contra ideologias que buscavam, não apenas, a exclusividade da salvação,
mas também com o descredito do evangelho de Cristo (2.24).
Outra simbologia a ser
quebrada por Paulo era o ato da circuncisão, na qual era fundamental para os
judeus (2.25) instituída na aliança
aos descendentes de Abraão, era a expressão máxima da identidade de Israel. Mas
Paulo faz uma observância, que a circuncisão só era aceita ou se tornaria apta,
se a pessoa guardasse toda a lei de Deus Gl.
5.3, indagando-os e dizendo que ser circuncidado e mesmo assim desobedecer
à lei de Deus não fazia do judeu melhor que um gentil não circuncidado. Pois a
busca do evangelho de Cristo estava pautada em um coração puro e obediente. A
circuncisão que Deus queria não era somente o corte da carne, e o cortar a
carne não se cumpria a lei, mas um verdadeiro judeu deveria amar a Deus e obedecer
a sua lei, não preocupado com a herança abraâmica, mas que oferecesse uma vida como
sacrifício agradável a Ele.
Se um judeu assim entendesse
e escolhesse viver nestes moldes, cumpriria os requisitos da lei, e não mais
criaria uma liturgia de adaptar a lei para si.
Paulo continua apresentado
de forma crítica, olhando para si mesmo, por ser judeu, e afirmou claramente
que o verdadeiro “judaísmo” não está sustentada na herança, mas deveria está
relacionada ao relacionamento homem e Deus, e que a circuncisão não é no corpo,
mas no coração (3.1).
Cedo ou tarde, a justiça de
Deus virá e assim cada um receberá a recompensa de sua obra e atos. Ele tem o
direito de julgar o mundo, pois Ele é Deus, é santo e justo. Ninguém se
encontrará como exceção às leis de Deus, isso violaria a natureza de Deus e o
desqualificaria como o Juiz.
“Não há ninguém que busque a
Deus” (3-11,12), uma citação de Paulo dos Salmos 14.2, mostra que buscar é uma
expressão que demonstra aquilo ao qual é importante para nós. Devemos preencher
nossa mente com a vontade de Deus, buscando assim se desviar do pecado. Mudando
o nosso padrão de vida natural, em um padrão em busca constante de obediência a
Deus. Atos de rebelião a Deus leva a violência contra os outros, os vergonhosos
marcos da história estão manchados com sangue gerado pelas atrocidades
cometidas por pessoas que se separaram de Deus (3.15-17).
Para se temer ao Senhor é
preciso, reconhecer que Ele é santo, onipotente, justo, puro, onisciente, o
todo poderoso. Precisamos gerar em nós temor ao nosso Deus, esta é a única
forma de ser justificado diante Dele, andando em fidelidade e verdade,
aprendendo com o significado maior da lei, que é nos alertar sobre o pecado, e
com o evangelho de Cristo alcançar a salvação.
2.
Fé - Graça divina. (Rm. 3.21 – 4.25) - PARTE I
Após uma ampla explicação
das consequências do pecado, Paulo apresenta a provisão de Deus conhecida por
Graça, como um dom gratuito acessível a todos, visando resolver à penalidade
negativa imposta pelo pecado, transformando em um salvo conduto, isentando a
culpabilidade pelo ato salvífico do evangelho de Cristo.
Agora Deus apresenta então o
antídoto para a humanidade através do seu filho, e mostra assim que cumpre com
suas promessas. Mais uma vez a fé é colocada com hábito a ser exercido
continuamente, pois apenas pela fé em Cristo, alcançaremos a graça (3.22). Crer
em Cristo não quer dizer que passaremos a entender tudo que Ele fez e faz por
nós, mas que cremos que Ele fez e faz tudo por nós.
Com o evangelho de Cristo,
passamos a ser agora justificados, declarando nossa inocência perante o seu
pai, o Justo juiz.
Ao descrever que Deus
nos proveu com uma justiça imerecida, Paulo ensina que agora não é mais o homem
responsável apenas em oferecer sacrifícios pelo perdão, mas Deus sacrifica o
seu próprio filho, nos dando assim as condições mínimas para se alcançar a
salvação, bastando apenas crer no evangelho eterno (3.23). Pois o castigo
requeria derramamento de sangue Lv.17.11, sendo assim derramado o sangue de
Cristo, o filho de Deus. Alcançando então, a reparação efetiva e necessária,
onde Cristo assume o nosso pecado, tomando sobre si a punição que era a morte.
Assim Paulo garante que não é pela jactância ou orgulho pessoal, ou o meio de
alcance da ostentação da herança da lei e de obras que fará do homem um homem
salvo, mas apenas pela fé, independente da sua linhagem física ou da
circuncisão.
MATERIAL EXTRAÍDO DO LIVRO:
AOS ROMANOS
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